quinta-feira, 26 de maio de 2011

Curitiba

Caminhar pelas ruas de Curitiba.
Deveria fazer mais isso, não faço.
Tantas coisas pendentes.
Inúmeros motivos para fugir,
Caminhar pelas ruas de Curitiba.

Sozinho,
Coração batendo no ritmo certo, mas bate forte.
Algo prestes a acontecer
Está assim há muito tempo.

Rodrigo Augusto Lopes

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Uma tarde de sol.

Paz.

Oh Deus! O que tenho ou fiz para merecer tantos pensamentos carregados? Queria eu nascer de novo a perder meu tempo fazendo, dizendo asneiras sobre meu povo, sobre a mim mesmo.
Peço perdão por tanto sofrimento e descaso da vida. Queria eu, nascer de novo para esquecer os sentimentos, os desejos. Assim me transformaria no mais santo desses seres que habitam essa Terra de Deus.
Oh Senhor! Tende piedade.


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A neve cai lá fora. Pessoas passam sorrindo, pegando o gelo na mão, até mesmo chutando-o. Algumas correm em direção ao boneco e colocam um chapéu preto com detalhes em amarelo. Crianças com medo de pisar pela primeira vez numa terra branca até então desconhecida, pisam e enxergam uma nova realidade: Nem tudo é como sempre pensamos, a realidade muda de vez em quando. Essa é a graça da vida.

Rodrigo Augusto Lopes
Julho/2010.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hoje eu sonhei com você.

Hoje eu sonhei com você.
Estávamos caminhando na neve.
Cantávamos sua música preferida.
Tudo parecia tão solto, tão leve
Assim como aquela margarida que acaba de voar.

Os pássaros cantavam,
Os pombos voavam,
E você sorria da menina que caíra
Lembrando sua última queda sofrida.

De repente tudo escurece
E você desaparece.
Me sinto sozinho,
Parece o lugar onde nos conhecemos.

Encontrei você.
Seus cabelos jogados ao vento.
E eu só vendo aonde aquela menina linda ia.

Olho para você.
Você sorri da sujeira no canto da minha boca.
No momento achei que estava louca, mas não
Era a mais linda de todas.

Seus olhos e cabelos de cor castanho me conquistaram naquele momento,
E desde então fiquei torcendo para vê-la novamente.

Dias passaram e nada.
Onde estaria aquela menina linda?
Andando na rua quem eu vejo?
A escuridão provocada pelo apagão.

Dirijo-me ao lugar mais próximo.
Espero a luz voltar de cabeça baixa.
A luz volta com um estrondo e com gritaria.
E dessa gritaria jamais esqueceria.
Lá estava você, chegando com passos iguais a de uma princesa,
Lentos.

Começo a escutar uma música.
De onde está vindo?
É a música que tocou quando te vi pela primeira vez!
Estranho, estão anunciando um horário.

09:47am,
Acabei acordando!

Rodrigo Augusto Lopes.
29/07/2008

Número Um.

Long Black Road

Todo escritor importante, em algum momento, cita a estrada que vem seguindo. Vou escrever sobre a minha.


Lembro-me de ontem ter dito que estava sem rumo.
Olho para antigas fotografias e vejo rostos felizes.
Não havia tamanha preocupação.
Éramos todos crianças e tínhamos o poder da proteção.
Neste caso eu não era exceção,
Mas não me sentia assim.

Hoje me sinto quebrado.
Coração desolado por perdas, pede socorro.
Sente-se sozinho, sente falta.
Mas ainda encontra forças para amar ou ao menos tentar.
Tentativas falhas de se apaixonar por algo, por alguém.
A cabeça não ajuda.

Entrei cedo demais na vida
Não estava preparado.
Viagem forçada,
Rumo incerto, preocupante.
Meu pensamento é de me manter vivo.
Não depende apenas de mim mais.

O tudo que antes achava demais, bonito
Agora é aquela dor de cabeça forte não passageira.
Chego num ponto onde a estrada está escura e deserta
Onde espero que alguém passe e me ajude ou ligue para meus pais
Alguém os viu?

A sensação de perda mesmo sem ser aquela causada pela belíssima morte
É uma sensação de vazio.
Sequestraram a minha vida e agora vivo baseando a minha existência
Na existência dos outros.
Estou vivendo para esquecer a minha vida.
Aquela famosa viagem para lugar nenhum.

Quando eu encontrar todos os motivos, respostas
Vou conseguir acertar da próxima vez.
Apresento orgulho de dizer que apesar de tudo, vivo em paz, paz interior.
Isso não preenche o vazio que possuo.

Sigo a viagem acreditando que o amanhã será melhor que o hoje.
Sei que não vem sendo assim.
Até quando me iludirei?


A tempestade de hoje esconderá o sol da manhã, talvez.
O talvez é incerto.
Finjo que não é nada demais
Mas no fundo só penso nisso.
Só penso onde há o Cristo Redentor.

Tenho um plano.
Já não tenho  mais.
Um futuro perdido por ter errado, por ter falhado.
Preciso parar de imaginar e aceitar.

Uso metáforas.
Terríveis metáforas.
Já falei de muitas coisas em poucas linhas.
Tantas perdas em 219 meses
Tantas alegrias escondidas por trás deste meu rosto entristecido.
Meu olhar triste já entrega quem eu sou.
Minha forma de sorrir, envergonhado.
Milha letra mesmo quando escrita da maneira não ideal, mostra capricho.
Capricho demais,
Medos demais,
Pensamentos demais.
Saudades.

Da próxima vez não te deixarei partir.

Rodrigo Augusto Lopes.
16/05/2011