quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Remember.



Temos momentos recentes que já foram eternizados em minha mente.
Você não morrerá em mim jamais.
Conquistou meus pensamentos, meus sonhos, meus dias e
Agora me sinto culpado.

O peso das palavras que antes eram leves, me frustram neste momento.
Não tenho o que fazer, só esperar.
A espera me angustia;
A incerteza da vida que me encantou um dia,
Hoje me deixa inseguro.
Inseguro por não saber se estaremos juntos mais tarde.

A liquidez da vida moderna pode estar acontecendo entre nossos dedos, nossos sorrisos.
Ou, então, pode ser construído algo de uma dimensão que não imaginamos.
Eu não sei o que falar e não queria falar nada.
Minhas palavras que constroem sentido e sequência nas falas, podem desconstruir o pouco que fizemos.

Hoje gostaria de dançar com você.
De noite.
Na rua.
Trazer sorriso aos nossos rostos que juntos se dão tão bem.

Eu só quero estar com você, se não for nessa, na próxima vida.
Nem que dure uma eternidade, mas por um momento, eu quero.
É inexplicável,
É intenso, é forte.

Estas palavras são para você.
Ninguém as terá em outro momento.
Esse sentimento é único.

Rodrigo Augusto Lopes.
29/08/2013

domingo, 4 de agosto de 2013

.

 Poderia ficar horas, dias pensando em maneiras diferentes para dizer o que sinto neste momento. O imprevisível é fascinante quando você observa o universo e pensa que há muito mais acontecendo do que aquilo em que você está envolvido naquele momento. É incrível olhar as estrelas e acreditar que elas sorriem para nós e que muitas vezes, sequer lembramos da existência delas. Vivemos baseados no amanhecer/anoitecer; passa-se despercebido detalhes que podem trazer momentos de alegria. Quebrar os muros da existência, não é necessário nos prendermos. Isso é pra você.
No caminhar, direciono minha atenção às luzes que apontam para nós. Um sorriso no meio da multidão chama a atenção. Temos as diferentes formas de existência presas em caixas. Não é olhado para os olhos daqueles que passam ao nosso lado. Universos paralelos que não desejam se entrelaçar transitam pelas ruas. Procuro quebrar nos olhares a resistência que impede o sorriso, o contato com o outro. Procuro encontrar você.

Rodrigo Augusto Lopes.
05/08/2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O vazio.



Sinto o vazio se aproximando.
Sempre avisa quando chega, nunca falha.

Me incomoda não saber o que fazer;
Não saber o que dizer ou pensar.

Me incomoda este espaço não preenchido.
Me incomoda a falta de cor na minha alma colorida.

Os dias estão vazios.
A alegria deixou de estar presente.
Meu coração está no imaginário.

Minha cabeça está no chão.
Meus olhos estão voltados para o lugar onde você não está...

Você saiu naquela madrugada fria, chuvosa,
Bateu a porta e não voltou mais.
Teus sorrisos estão nas fotografias mentais.
Mas eu ainda sinto, sinto bem.

Tua presença está naquele encontro marcado.
Mesmo não presente, está marcada.
O vazio tomou forma;
Forma de saudade.

Rodrigo Augusto Lopes
07/07/2013

domingo, 7 de julho de 2013

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Escrevo sobre despedidas.
Escrevo sobre palavras.
Escrevo contendo amor;
Por algo,
Que ainda é vazio, não preenchido.

Escrevo pelo amor.
Escrevo pelos sons.
Escrevo por mim.

O tempo chega em mim e anuncia as palavras.
O sentido ganha forma quando concluo.
Eu preciso sentir.
Mas ainda não deixou de ser sobre o vazio.


Rodrigo Augusto Lopes.
07/07/2013

domingo, 9 de junho de 2013

Romântico.



Faço das palavras as mais simples.
O contexto delas é de filme de comédia romântica.
Nossas vidas são iguais aos filmes
Apenas demoramos para perceber isso.
Ou não percebemos.

Os maiores clichês dos relacionamentos, comigo, não funcionam.
Ao ver você caminhar, estar
Tenho vontade de produzir as mais lindas palavras
Numa sequência que te faça sorrir.

Não quero que lembre disso, num dia futuro, com pesar.
Não esperamos a eternidade.
Não queremos a eternidade.
Na minha cabeça, apenas nos desejamos e nos teremos “até um dia”.

Deitado na grama vejo as estrelas.
Onde você está que não aqui?
Tenho palavras para dizer,
Só falta você para ouvir.

Rodrigo Augusto Lopes.
09/06/2013
Ao som de Travis - Where You Stand.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Feeling.


Imagina-se o céu.
Corpo deitado na grama, vendo o céu estrelado.
Clima nem frio, nem quente.
Apenas sentindo as estrelas falarem para mim
Que elas estarão lá...

Até um dia.


Rodrigo Augusto Lopes.
07/06/2013

domingo, 19 de maio de 2013

Cenário.



(A insignificância de nos ver como tão pequenos perto da grandeza do todo
Acabou quando nos vi como protagonistas de nossas próprias histórias.
A crise existencial insiste em nos colocar como personagens secundários
Colocando a culpa por nosso mal-estar em outras pessoas.)


Você acaba de bater a porta.
Saiu correndo e chorando.

Não consigo reconstruir a cena na cabeça.
Não é um sonho,
É ficção.

Necessita de um cigarro.
Pegou o carro e saiu em velocidade.
Em todas nossas cenas mais fortes,
A chuva está presente e
Você veste vermelho.

A cabeça está confusa.
O que sentia há minutos, deixei de sentir.
Ainda estou preso ao pensamento de que preciso de você para me sentir presente.

(continuará...)

Mãe.



Gostaria de te eternizar.
Nossas vidas não foram e continuarão não sendo as mesmas.
Fazer parte da tua vida é um grande prazer.
Eu te amo.

Às vezes me sinto tão pequeno perto da tua grandeza;
Grandeza de coração;
Grandeza de fala;
Você e pai me ensinaram a base de tudo que eu precisava saber.

O que eu estou tentando dizer é que eu amo amar você.
Gostaria que você vivesse eternamente.
Gostaria que eu vivesse eternamente perto de você.
A finitude das relações, da vida
Hoje, me angustiam mais do que em outros momentos.

Eu só tenho a agradecer.
Se hoje tenho orgulho do que faço, é porque você esteve me apoiando.
Te daria um milhão de abraços neste momento
Mas preferi dizer que te amo.

Fique bem.
Ficaremos bem.
Estaremos juntos até o fim.

sábado, 18 de maio de 2013

Relações líquidas.



Líquido.
As relações são hoje
Deixam de ser amanhã;
ou daqui cinco minutos, talvez.

Inconstante.
Não há grandes surpresas na finitude.
O fim sempre será o mesmo;
Não deveríamos viver baseados no “para sempre”
É incoerente.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Parte I



Te vejo andando com passos lentos, vindos em minha direção.
A chuva começa a cair sobre você
E você corre para me abraçar.

As palavras podem não fazer tanto sentido
Quando você deseja ter um lugar para se proteger.
Tento não acusar minha ansiedade,
Mas falho.

Não sei o que fazer quando estou perto de você, e também
Tenho medo da chuva, sempre me escondo dela.
Você passa a mão em meu rosto, tentando me acalmar
Você me conforta com teu abraço.

As árvores denunciam o vento batendo forte
Os momentos não duram eternamente e você sorri.
A imagem do teu sorriso está na minha cabeça
E eu quero escrever sobre isso.

quarta-feira, 24 de abril de 2013



Tem alguns momentos que eternizam sem nossa permissão, sem consulta. Tiram nossa atenção daquilo que gostaríamos para o inesperado. A sensação de nervosismo, vontade de gritar, falar algo que não está na cabeça; sentimento de querer correr para o nada, encontrar algo e apoiar-se até a ansiedade passar.

Eu não sei do que estou falando, apenas uma abstração.

Dizer o que sente é um exercício diário e não precisa ter um sentido. 
Apenas sinto.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Diálogo de uma mente sem sono.



Uma noite.
Uma conversa.
Um encontro marcado.
Por quem?

Destino.
Não acredito em destino.
As coisas acontecem.
Existe validade.

Sai dessa!
Na defensiva não faremos mudanças.
Crise!
Não, revolução!

Indivíduo.
Dois indivíduos.
Uma nação!
Um universo.

Líquido.
Seremos eternizados!
O tempo joga do nosso lado.
Existe validade.

Quando acaba?
Não sei.
Pausa.
Silêncio.

Fim.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vai passar.



Você já foi eternizado em algumas postagens. Mesmo que não diretamente, mas o que me importava era saber que eu leria os escritos e me lembraria de você de uma forma gostosa de lembrar de alguém.
O meu maior erro talvez tenha sido acreditar que as coisas se ajeitariam sem fazer grande esforço, mas quando percebi que não seria assim, tentei intervir sim, mas fui abusivo e você desejava que eu estivesse longe. Nunca acreditei totalmente nas palavras, mas essa não era a minha maior descrença, porque você nunca foi de dizer palavras carinhosas. Mas no começo você foi carinhoso, e você fez eu acreditar que você seria daquela forma, mas você não era, não foi quando eu precisava que você fosse. O meu maior defeito talvez seja ser carinhoso demais, querer ser amigo demais, abraçar demais e esperar que as pessoas sejam um pouco do que eu sou. O meu “demais” não é demais, mas não tem um limite; eu fazia quando achava que queria/deveria fazer.
As lágrimas estão nos olhos porque provavelmente será a última postagem que poderia ser feita de maneira diferente sobre você, mas ela não está sendo sobre você, está sendo para você. Já coloquei você nas minhas palavras, as quais eu me lembrava do começo, quando eu disse que as palavras: “...nem sempre elas são tão efetivas quanto o sentimento de abraçar alguém quando se deseja, realmente, abraçar alguém”. Já disse que meu coração batia no ritmo certo, mas que porém batia forte e que havia algo prestes a acontecer (escrito: Curitiba). Já disse que as rimas poderiam ser traduzidas por outra palavra, amor. Sim, você era as rimas que eu tanto procurava em meus versos mal-escritos. Não consegui colocar rimas no escrito, mas finalmente consegui falar delas de uma forma que não fosse negativa, pois o que eu procurava não era necessariamente rimas, mas sim escrever com amor. E eu amava.
Em breve conseguirei não lembrar de você o tempo todo, mas o tempo não está passando rápido. O tempo limitando o meu bem-estar para ajudar a aumentar minha angústia em relação a temporalidade. Ficaremos bem, não precisamos assistir a ponte que nos unia pegando fogo.
Nada mais para dizer, sinto muito por tudo isso, gostaria realmente que tivesse sido de outra forma, mas estou machucado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Coffee time.

Pessoas passam na rua; o que pensam?
Andam de maneiras tão diferentes. Umas de carro, outras a pé, de bicicleta...
Parecem não estarem preocupadas com muito, diferente de mim que não consegue pensar em coisas além daquelas provocadas pelo sentimento mais terrível: a solidão.

Sentado numa praça vejo a correria parada.
Eu lendo sinto mais o movimento.
Ele não é retilíneo.
Ele é confuso.

Estou confuso, porém não desesperado.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Palavras.


“O momento mais lindo é quando falamos com poucas palavras muitas coisas que uma vida não seria capaz de dizer por si só. Palavras são só palavras, têm seu significado subjetivo quanto objetivo; devem estar sempre em comum acordo. Gostaria de escrever de uma maneira mais convincente, mas o acordo que tenho com as minhas palavras fazem delas um meio de dizer aquilo que sinto de uma maneira simples, e eu não quero perder isso; é sincero e rápido. Elas, para mim, dizem mais que qualquer outra forma de demonstração de afeto, de carinho, mas nem sempre elas são tão efetivas quanto o sentimento de abraçar alguém quando se deseja, realmente, abraçar alguém.”

Rodrigo Augusto Lopes.

Hello to Goodbye.


Aqui estou eu, mais uma vez em frente ao computador tentando escrever algo que não sei muito bem como vai ser escrito;
Minha vida não está conseguindo muito mais ser planejada, coisas acontecem, terminam e eu tive que dar olá ao adeus de maneira rápida.
Memórias feitas em pouco tempo, músicas eternizadas em segundos, lugares que vão ter sempre algo para contar. A graça está no ambiente criado em nossas cabeças. Foi perfeito? Não, não foi, mas foi eternizado. Eu quero ser eternizado. Aquela luta diária, que minha geração é lembrada todos os dias por nossos ídolos que morreram jovens e que deixaram seus legados que sobrevivem até hoje.
Gostaria de ter tido mais tempo, mais jinga, mais coragem para ser quem eu quero ser, mas aquela eterna culpa por algo que eu não fiz me acompanha diariamente. O que farei agora é tentar superar a minha questão com o tempo que está me limitando. Eu queria não ter que aceitar, mas não há muito que eu possa fazer.
A nossa sociedade confessional me fez falar o que eu provavelmente poderia não ter dito e agora as consequências são sentidas nas músicas depressivas que venho escutando o dia todo. A voz grave somada com um tom de tédio fazem do meu dia (e provavelmente fará dos próximos), um dia como àqueles que eu vivia há dois anos atrás. Mas adquiri resistência e hoje não choro mais tanto quanto antes, a vida que estou criando nesses últimos dias deu-me seu primeiro revés, mas não perderei as esperanças. Eu decidi o que eu quero, finalmente!
O corpo pesa, o sono está fora de ordem, não tenho vontade de comer. Posso dizer que está tudo bem, ser e demonstrar ser a pessoa mais tranquila possível, mas o corpo não mente. O corpo está pedindo socorro e eu não estou em condições de fazê-lo estar em boas condições. É uma fase, apenas uma fase.

“Quando você é jovem, você sempre pensa
Que o sol vai brilhar
Um dia você terá que dizer olá para uma despedida
Grite, deixe que alguém em algum lugar saiba que você está vivo
Guarde estas palavras,
Use-as com sabedoria
Viva antes de morrer...”


Ficarei bem, é só mais um dia que se encerrou. A participação na vida não se encerra, nunca.
Estarei sempre em busca de alguma coisa e é isso que me move. Não quero e não vou ficar estático. Quero ser mais do que aquilo que dizem que eu sou. Respeito, compromisso e diálogo são três palavras que não largo de maneira alguma.

Rodrigo Augusto Lopes.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Retorno ao espelho.


Gostaria de estar conseguindo escrever.
Estou deprimido, mas não vem palavras à minha cabeça.
Isso quer dizer que eu não tenho necessariamente um motivo,
Talvez eu só queira estar deprimido mesmo.

Estar deprimido significa, olhar pro nada e ver muita coisa.
Olhar pro nada e não pensar em nada.
Um filme está passando na cabeça,
Mas não consigo reagir.

Um filme preto em branco para ser mais dramático.
A esperança que eu adoro tanto em “A felicidade não se compra”
Não está presente.
Esse filme me deprime.

O preto em branco ganhou cores.
Vejo eu mesmo na minha frente.
Camiseta roxa, cabelo grande, barba mal-feita
Olhos que parecem acreditar que vai algo acontecer.
Há algo acontecendo.

A vida vai bem.
Meus sonhos mais alcançáveis, foram alcançados.
Mas me sinto sozinho,
E não está mais tão bom quanto era antes.
Dependo do pensamento de não estar e não me sentir sozinho.

Um pensamento,
Uma vontade que não é bem uma vontade,
É momentânea,
Gostaria de ser mais...
Faltam palavras para descrever o que eu gostaria de ser mais.

Eu penso em você antes de dormir.
Antes de pensar, gostaria de que você estivesse aqui.
Mas não sei onde o meu pensamento foi ou está.

Estou falando de mim.

O espelho faz eu olhar para mim,
E eu não desvio o olhar,
Mas gostaria de já ter desviado.

Gostaria de ter dito tanto.
Tenho tanto para falar, mas me faltam palavras,
Faltam-me pessoas para escutar.

Amedronto pessoas com o tanto que eu quero dizer.
Elas fogem de mim ou então estão comigo quando há outras pessoas juntas.
Relembro mais uma vez:
Estou sozinho.

Fecho o espelho e saio de cabeça erguida.
Fim de mais um ato.
Poderia ter ficado melhor se eu realmente estivesse aqui.

Rodrigo Augusto Lopes.