Aqui estou eu, mais uma vez em
frente ao computador tentando escrever algo que não sei muito bem como vai ser
escrito;
Minha vida não está conseguindo
muito mais ser planejada, coisas acontecem, terminam e eu tive que dar olá ao
adeus de maneira rápida.
Memórias feitas em pouco tempo, músicas
eternizadas em segundos, lugares que vão ter sempre algo para contar. A graça
está no ambiente criado em nossas cabeças. Foi perfeito? Não, não foi, mas foi
eternizado. Eu quero ser eternizado. Aquela luta diária, que minha geração é
lembrada todos os dias por nossos ídolos que morreram jovens e que deixaram seus legados que sobrevivem até hoje.
Gostaria de ter tido mais tempo,
mais jinga, mais coragem para ser quem eu quero ser, mas aquela eterna culpa
por algo que eu não fiz me acompanha diariamente. O que farei agora é tentar
superar a minha questão com o tempo que está me limitando. Eu queria não ter
que aceitar, mas não há muito que eu possa fazer.
A nossa sociedade confessional me
fez falar o que eu provavelmente poderia não ter dito e agora as consequências
são sentidas nas músicas depressivas que venho escutando o dia todo. A voz
grave somada com um tom de tédio fazem do meu dia (e provavelmente fará dos próximos),
um dia como àqueles que eu vivia há dois anos atrás. Mas adquiri resistência e
hoje não choro mais tanto quanto antes, a vida que estou criando nesses últimos
dias deu-me seu primeiro revés, mas não perderei as esperanças. Eu decidi o que
eu quero, finalmente!
O corpo pesa, o sono está fora de
ordem, não tenho vontade de comer. Posso dizer que está tudo bem, ser e
demonstrar ser a pessoa mais tranquila possível, mas o corpo não mente. O corpo
está pedindo socorro e eu não estou em condições de fazê-lo estar em boas
condições. É uma fase, apenas uma fase.
“Quando você é jovem, você sempre pensa
Que o sol vai brilhar
Um dia você terá que dizer olá para uma despedida
Grite, deixe que alguém em algum lugar saiba que você
está vivo
Guarde estas palavras,
Use-as com sabedoria
Viva antes de morrer...”
Ficarei bem, é só mais um dia que
se encerrou. A participação na vida não se encerra, nunca.
Estarei sempre em busca de alguma coisa e é isso que me move. Não quero e não vou ficar estático. Quero ser mais do que aquilo que dizem que eu sou. Respeito, compromisso e diálogo são três palavras que não largo de maneira alguma.
Rodrigo Augusto Lopes.
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